Fê Lemos, baterista e membro fundador do Capital Inicial, fala tranquilo ao telefone em entrevista ao G1. “Foi um milagre, ele nasceu de novo”, diz o músico sobre Dinho Ouro Preto, vocalista da banda que caiu do palco durante um show em Minas Gerais no sábado (31).
Dinho segue internado na UTI do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em observação – ele quebrou costelas e chegou a ter um leve traumatismo craniano, entre outros ferimentos. Apesar da gravidade do acidente, Lemos diz que o companheiro de banda está se recuperando bem. “Ele está bem, lúcido, conversando. Na verdade ele está ansioso para trabalhar, voltar a fazer show, ir para o estúdio”, conta.
Saiba mais sobre o acidente de Dinho Ouro Preto
A banda havia programado o início da gravação do novo disco para a próxima semana, após três meses de ensaios. “Começamos a ensaiar em agosto, e vamos entrar em estúdio na semana que vem. Decidimos manter a programação em conjunto com o Dinho, a família dele, a banda e a gravadora”.
“Ele precisa se recuperar da queda, ficar parado, deixar o corpo se recompor”, reconhece Fê, que diz que o grupo vai gravar usando algumas demos, que haviam sido produzidas durante os ensaios, como “guias” de voz. A banda também vai aproveitar para gravar a bateria e o baixo, que não precisam da presença do cantor.
“O Dinho vai acompanhar os ensaios via Skype, a gente vai ter um link com ele 24 horas, com um laptop no estúdio e outro no quarto de hospital, e depois que ele sair - o que deve acontecer em duas semanas -, na casa dele. E vamos esperar ele estar 100% para ele acrescentar a voz”, explica Fê.
Projetos paralelos
Antes do acidente, Fê já estava fazendo planos paralelos ao Capital Inicial, começando com seu projeto de “tocador de discos”. “Eu prefiro esse termo a DJ, em respeito a grandes DJs como Marky e Xerxes”, diz.
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Acabamos de nos recuperar de um susto"
Paralelamente, ele trabalha em seu segundo álbum solo, continuação de “Hotel básico”, de 2005. “Acho que o disco vai ficar pronto só daqui a um ano. Eu faço as músicas em três fases: componho as bases no computador, depois eu vou para o estúdio, fazer os arranjos, adicionar instrumentos, regravar o que for preciso. Só então eu trago uma cantora para colocar a voz. No primeiro disco, usei quatro cantoras diferentes, mas agora eu queria escolher só uma”.
Apesar do súbito tempo livre, ele diz que não vai se concentrar tanto na carreira solo. “Tudo isso é muito tranquilo. Acabamos de nos recuperar de um susto, vamos aos poucos. E não é que estou procurando uma vaga no mercado como DJ, eu estou curtindo tocar músicas para essas pessoas e espero que elas estejam curtindo também”, encerra. Informações do site do G1.
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